quinta-feira, 21 de maio de 2009

O ódio escraviza, o amor liberta!


Para ser feliz na vida, o ser humano precisa encarar um duplo desafio: desenvolver o amor, atrofiar e administrar o ódio. Haja coração!
Todos os dias, cada um de nós é chamado a viver a experiência amorosa.
Com a mãe, o brinquedo, a casa, o quintal, o corpo, a luz do sol.
Mas parece que as pessoas estão muito mais acostumadas à experiência do ódio.
E é fácil entender o porquê.
O ódio limita, separa, distingue, discrimina e julga. Não estabelece vínculos saudáveis.
Um sentimento que impõe essas restrições talvez dê segurança.
O medo de ser livre assusta. O medo de ser feliz e depois perder a felicidade ou alguém importante também.
Tudo isso dificulta a vivência do amor e facilita o predomínio do ódio, porque ser feliz dá mais trabalho.
O mal torna-se mais cotidiano na vida mental do que o bem. Para desenvolver o amor, é necessário saber que o ódio está aí ao lado.
O que diferencia um sentimento do outro é uma simples leitura. Se estou bem, gratificado com minha vida amorosa e profissional e cheio de projetos, ao escorregar numa poça d'água e cair na rua levanto-me sorrindo e me acho um pateta feliz.
Se estou de mal com a vida, frustrado com meu relacionamento amoroso, infeliz no trabalho e sem esperança, ao escorregar na mesma poça d'água xingo até a quinta geração do prefeito por ter deixado de propósito aquele buraco na calçada para eu levar um tombo, me molhar e me quebrar todo.
O amor e o ódio têm milhões de anos.Ninguém é dono de um nem do outro.Somos apenas veículos para que o amor ame em nós.
Quando estou com raiva, dou passagem a todos os ódios contidos dentro de mim. Posso até canalizá-los para meu corpo ou exteriorizá-los sob máscaras diferentes.
A mãe que tem o ódio predominante no coração pode ser fatal para o filho.A quela que dá a vida também bloqueia o caminho da liberdade. Ela gruda! É uma simbiose. Esse grude pode aumentar a sensação de desamparo.Uma prisão erótica. E quantas barreiras os filhos precisam derrubar para crescer! O romance familiar é um teatro lotado de amor e ódio. O ódio prende.
O amor liberta.Pai e mãe demonstram amor quando permitem que o filho trace sozinho seu caminho, dê suas cabeçadas e colha os louros por si próprio. O bom pai é aquele que aos poucos se torna desnecessário.
Do contrário, é posse. E no poder prevalece o ódio.
A busca da autonomia fica mais fácil quando predomina o amor.
Autoria: Malcolm Montgome

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